quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O inicio do meu gosto da leitura em 10 Livros – Parte I

Desde que me lembro ser gente que gosto de ler, algo que foi sobretudo fomentado pela minha mãe. Mas nem sempre li a mesma coisa e confesso que durante muito tempo andei apenas pelos caminhos da Disney e pouco mais. Tudo tinha de ter bonecos, colorido e divertido.

Conforme fui crescendo continuei a ler, mas tinha ainda de ter bonecos, nem que fosse imagens do espaço, da natureza, do homem e seus feitos. Livros só com letras? Nem pensar, quem é que tinha paciência para isso?

Já na escola secundária onde tinha a disciplina de Português A em Humanidades foram leccionadas várias obras portuguesas a quais devo ainda o meu tempo e a minha leitura, pois o melhor que fiz foi ler umas meras páginas de um resumo do Frei Luís de Sousa das publicações Europa América.

Quando aterrei na universidade já tinha lido qualquer coisa mas ainda pouco com letras, mas longe de me considerar um leitor. Mas tudo foi gradualmente mudando e conheci novas pessoas, fiz novos amigos, conheci coisas novas, abri e fechei relações, e timidamente fui dando alguns passos.

Na Universidade tive um choque de vocabulário, pois não conseguia perceber o significado de metade das palavras dos textos arcanos e eruditos que me passavam pela frente, mas a pouco e pouco foi agarrando os temas e ler era não só uma obrigação mas também uma boa rotina. 




O meu colega e grande amigo Vasco, fez a introdução a “A insustentável Leveza Do Ser” de Milan Kundera, sobre os dilemas do amor para com duas mulheres, e como andava em novas descobertas passionais no momento fez todo o sentido o que li e abriu todo um novo caminho para leitura.





“Uma espia na casa do amor” de Anais Nin foi o marco seguinte, desta vez apresentado pelo meu amigo Artur, mantendo a mesma corrente passional, mas desta vez precisamente o inverso de Kundera. Agora era uma mulher com o dilema dos dois machos e o prazer dos “banhos de lua”. 


Mais tarde não sei bem como nem porquê, mas li o “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, uma metáfora a um sociedade controlada e manipulada por um regime superior e opressor. O tema de big brother, os arquétipos da sociedade controlada num matrix, a fase do despertar de consciências e de afirmação.




Como um despertar consciência não era suficiente o “O Pão dos Deuses” de Terence McKenna foi a próxima leitura, uma viagem alucinante sobre as substancias psicotrópicas ancestrais, os rituais xamânicos, o expandir os horizontes da consciência e perceber que isso está enraizado em nós desde a génese e disso dependemos no passado para a evolução da língua.








“Os Clones Humanos” da cientista portuguesa, Clara Pinto Correia entraram aqui no seguimento da experiência da Ovelha Dolly e do meu sempre e cada vez mais presente gosto pela ciência e pelo conhecimento.







Continua…

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